Permanecer na zona de conforto e entregar somente o básico para o seu cliente pode até não te prejudicar mas por que entregar o básico se você pode entregar o incrível?
O que significa esse negócio de “entregar experiência”? Confira.
Apesar de não ser um grande fã/entendedor de futebol americano, compreendo perfeitamente a paixão que muitas pessoas tem por esse esporte, ele parece ser realmente evolvente.
Resolvi assistir ao Super Bowl deste ano, o jogo final do campeonato da NFL, a principal liga de futebol americano dos EUA pois sabia que teriam alguns shows no intervalo.
Nos primeiros segundos já foi possível ter uma noção de quão gigante aquilo seria.
Não bastou juntar grandes nomes do rap e hip–hop norte-americano, eles criaram um ambiente semelhante a uma casa com direito a carros e inúmeros dançarinos, tudo isso no mesmo campo onde estava rolando o jogo e que em, pasmem, 15 minutos continuaria rolando.
Confira no vídeo:
Os torcedores desembolsaram em média US$ 10.000 por um ingresso. O estádio estava lotado.
Sucesso de público com 112,3 milhões de espectadores nos Estados Unidos segundo a NBC e claro, de interação nas mídias sociais.
Outro esporte que também dá show no quesito entretenimento no exterior é o basquete.
Conversei com duas pessoas, que estiveram nesses eventos para entender o que rola além do jogo.
Dentre as particularidades de cada evento, ambos concordam em uma coisa: é muito mais que um evento.
O show do intervalo no basquete conta com sorteios, canhão lançador de brindes para arquibancadas, lojas na parte externa dos estádios, restaurantes e telas até no banheiro para que o espectador não perca nenhum lance.
Segundo Luís, que assistiu um jogo da NFL, o jogo é apenas 50% do entretenimento.
‘’A cada 3 minutos basicamente tem um intervalo comercial. Durante o jogo tem uma pessoa que está lá só para levantar uma placa avisando que estão em intervalo, comercial. A gama de entretenimento é enorme. Jogos, brincadeiras, canhões de brindes, fan shop, merch (produtos licenciados), comidas de todos os tipos possíveis e imagináveis. Mas o que mais me impressionou, sem dúvidas, foram caças americanos sobrevoando o estádio após o hino americano’’ conta.
Ok mas o que esses eventos astronômicos podem nos ensinar?
Calma, NÃO PRECISA CONTRATAR O EMINEM PRO SEU EVENTO!
E com o preço da gasolina, acho que seria meio inviável por uns caças pra voar.
Há uma frase atribuída ao sociólogo alemão Ulrich Beck, a René Dubos, ambientalista americano e até mesmo a John Lennon que diz:
“Pensar globalmente, agir localmente”
Ela tem diversas interpretações, normalmente é usada em um contexto socioambiental para se referir a capacidade de transformação através de pequenos hábitos.
Porém, acho válido interpretá-la como uma dica que diz algo como: aplique as coisas boas de grandes coisas em pequenas coisas, e elas tendem a se tornar? Sim, grandes coisas!
Não importa o tamanho ou segmento do seu evento, inspire-se nos grandes. Você sempre pode tirar boas ideias deles.
UM EVENTO DEVE SER MUITO MAIS DO QUE UM EVENTO.
Estamos na era das experiências.
De acordo com uma pesquisa da Zendesk, 75% dos clientes estão dispostos a gastar mais para comprar de empresas que proporcionam uma boa experiência do cliente.
Monetize mais. Agregue valor. Você pode fidelizar os participantes e lucrar mais.
Tente fornecer uma experiência em cada etapa do seu funil de vendas.
Um exemplo é o site do Bayern de Munique, você pode fazer um tour virtual pelo estádio. Escolheram brilhar os olhos dos visitantes em vez de ser apenas mais um site.
Forneceram uma experiência antes mesmo do torcedor ir até o estádio ver um jogo.
Esse é o lance. Voltar esforços para encantar.
Fica a reflexão:
Talvez produzir um kit melhor seja mais caro mas será que o participante não vai lembrar de você quando for escolher outro evento?
Será que não é possível monetizar o percurso do evento, vendendo produtos próprios ou através de publicidade?
Será que brinde é besteira ou você não está dedicando esforços o bastante para fornecer um criativo e atraente?
O que você está fazendo para deixar o participante de boca aberta?
