O novo-mundo híbrido dos eventos

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Essa digitalização forçada tem um impacto forte nas experiências da vida real.

O mercado de eventos, após isolamento social, terá que se adaptar à uma nova realidade: das experiências híbridas – o real e o digital em convergência.

Recorte esportivo

80% das – poucas – vendas no Ticket Agora entre março e agosto foram de eventos esportivos virtuais. Estes são apenas 40% dos eventos abertos.

Os participantes nadam, pedalam, correm em suas próprias arenas (casa, rua) e compartilham a experiência no meio digital. Recebem em casa seu kit com medalha e outros apetrechos. Já é uma experiência híbrida.

Este modelo não substitui as experiências reais. É outro produto, público especifico, que não – necessariamente – é o mesmo de uma prova presencial.

O que muda é o formato: pela primeira vez vive-se uma experiência coletiva em plataforma digital, neste caso, no esporte.

O esporte já vive iniciativas virtuais. Nike tem seu App de corrida e lança Weareables. Strava é uma das maiores comunidades do planeta. Ironman tem seu clube virtual de desafios.

A mescla existe, e agora, veremos também nos eventos.

Características de eventos híbridos

A pandemia acelerou uma tendência emergente.

Além das interações in-loco, como pagamentos através de QR Codes (hey, China), a jornada que acontece entre compra de ingressos até o dia da experiência física foi transformada.

A plataforma virtual dá ao evento 3 características inexploradas:

  1. Mobilidade
  2. Liberdade
  3. Customização

Você participa onde quiser, como quiser, quando quiser. Se torna parte de uma comunidade, realiza missões, tem autonomia.

Não tem volta.

Enquanto grandes hubs de conteúdo sobre inovação falavam sobre Realidade Virtual ou Realidade Aumentada como principais tendências no universo dos eventos, o mundo não esperou e escolheu a mobilidade como plataforma da mudança.

Já estava aí. Em breve em 5G.

E agora? os produtores de eventos, sempre tão blindados contra tecnologia (tinham o mundo real a seu favor) não terão chance, a não ser digitalizar-se.

Efeito duplo da pandemia

Além da profunda aceleração digital, a pandemia nos fez sentir muita falta uns dos outros. Passamos a valorizar a vida em outro aspecto – os eventos presenciais voltarão com mais força ainda.

Eventos híbridos são resultado desse aparente paradoxo: uma sociedade profundamente digitalizada, e ao mesmo tempo sedenta por experiências na vida real – e que suplica por adaptação por parte do mercado.

Quem serão os novos protagonistas? Quais organizadores e produtos vão se destacar nessa nova realidade? Quem começar primeiro leva vantagem. Adaptação é fundamental.

O diagrama acima mostra a linha do tempo do mercado: (1) antes da revolução digital, (2) nas experiências convergentes, mas não congruentes, (3) até o momento atual: o contexto digital funde-se com o real também no mundo dos eventos.

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