Organizadores de corrida de rua opinam sobre os “pipocas”

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Os organizadores de eventos esportivos, principalmente os de corrida de rua, estão acostumados a receberem no seu evento os chamados: pipocas. Essa é uma categoria de atletas, que não se inscreve na prova, mas usa o percurso e os benefícios do evento como banheiro químico, água, entre outros, destinados para aqueles que pagaram para correr. O assunto é polêmico e sempre gera diversas opiniões entre os organizadores de eventos esportivos.

Para Alexandre Massura, diretor de novos Projetos da Effect Sport, de fato os pipocas não são legais para o evento. “Essa prática não é justa com os participantes que pagaram a inscrição a fim de ter uma melhor experiência no evento”, conta.

Um evento é feito para um determinado número de pessoas, ou seja, se a corrida de rua terá dois mil inscritos, a estrutura estará pronta para comportar essa capacidade. Dessa forma, com os pipocas, o evento pode ter sua estrutura afetada, por exemplo, com a falta de água no ponto de hidratação, entre outros.

Por isso, alguns eventos adotam práticas para diminuir os pipocas. Ainda de acordo com Massura, que organiza o Rei Rainha do Mar, os eventos realizados por ele tem um controle de acesso rígido à arena da prova com credenciamento, para evitar justamente a entrada de pipocas.

Já para Sandro Bernadoni, diretor geral da SB5 Eventos, que organiza o GP de Triathlon, eles não têm nenhum prática para deter os pipocas. “Não fazemos nada. Acreditamos que se o evento é bem organizador a tendência é que eles desapareçam”, revela.

Porém, há alternativas para tornar esses atletas em inscritos oficias. De acordo com Gabriela Pacífico, diretora da Gaia Eportes, organizadora da Corrida e Caminhada Ilumina pela Prevenção do Câncer, na última edição foi realizada uma ação de preço diferenciado.

“Oferecemos dois tipos de kits na nossa corrida de rua. O primeiro era o kit completo, composto por camiseta, squeeze e medalha. Custava R$70. Já o segundo kit era mais simples e continha apenas o número de peito e a medalha de participação ao preço de R$30. Com isso nós conseguimos tirar bastante o pipoca da prova, que acabou se inscrevendo”, conta Pacífico.

Não há certo ou errado sobre os pipocas, segundo Victor Saeta, Diretor SX2 Eventos, que organiza a King Magical Run, essa é uma prática que vai sempre existir. “É uma guerra. Tomo muito cuidado com isso. Se eles respeitam a estrutura nós também vamos respeitar o espaço deles, mesmo porque a rua é pública. Apenas no final pedimos para eles não passarem a linha de chegada para não tumultuar o fim da corrida”, conta.

Segundo com Saeta, é melhor que o pipoca esteja no evento como inscrito por segurança, por saúde e qualidade da prova. “Porém, nunca tiramos o pipoca da largada ou algo do tipo. É interessante conscientizar que a participação dele atrapalha a corrida e ele não tem nenhum direito garantido, caso aconteça algo com ele durante a prova”, finaliza.

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