Viciados em corrida virtual? Corredores contam o que mais têm gostado nas provas

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Muitos corredores preferem não aderir a corrida virtual, mas outros estão aproveitando tanto a onda dos novos eventos que já participaram de mais de 15 provas nos últimos meses. Podemos considerá-los viciados em corrida virtual? Há quem diga que sim, nós conversamos com alguns deles para entender de onde surgiu a paixão pelas virtuais e o que tanto eles têm gostado nessas provas.

Corredores com saudade dos eventos presenciais, encontraram na corrida virtual uma saída para não ficarem parados e sentirem um gostinho das competições. Os benefícios são muitos: escolher a prova com um tema que te agrade, um kit que cabe no seu bolso e correr quando quiser, seja na rua, na garagem do prédio, ou na esteira. Não é preciso estar em um local e horário determinados, você faz quando preferir. Depois, é só mandar o comprovante do tempo e distância para a organização, e esperar pela tão aguardada medalha.

Viciados em corrida virtual? Veja o depoimento de alguns corredores que têm se motivado com essas provas:

Gabriella Horta Fonseca, 53 anos

Corro regularmente desde agosto de 2018. No início da pandemia, o treinador me aconselhou não continuar correndo, e então, realizei os treinamentos adaptados dentro de casa, tanto os funcionais, quanto os de yoga e corrida.

Conheci a corrida virtual durante a pandemia por meio de um locutor de corridas aqui de Belo Horizonte. Ele sempre postava nas redes sociais dele, e quando eu vi, me joguei de primeira. Tudo começou na Home Run, que realizei no dia 26 de abril em um espaço do meu prédio com cerca de 20 m. No dia 17 de maio realizei a segunda etapa da corrida, onde as medalhas formam uma mandala.

No dia 7 de junho veio a terceira prova, do Circuito Unimed de Corridas. Depois dessa, pensei comigo “tem tanta gente precisando, então vou começar a participar de corridas que ajudem outras pessoas”. Em junho mesmo fiz uma que ajudou um hospital em São Paulo, o Foco Radical, que ajudava fotógrafos, e uma terceira que eu pude buscar o kit, que já foi diferente. A partir daí não parei, dia 4 de julho participei de mais uma, e agora em agosto já tenho provas agendadas, principalmente as de cunho solidário.

Quando a pandemia passar e os eventos presenciais voltarem eu tenho certeza que vou frequentar as corridas normalmente, mas não quero abandonar as virtuais, principalmente porque me ajudaram muito nesse período, tanto no aspecto emocional, quanto fisicamente.

Daniel Campos Castro, 33 anos

Corro desde 2011 e sempre participei de eventos de corrida, tenho quase 200 medalhas de participação. Antes da pandemia, pelo menos dois domingos por mês estava participando de alguma prova. As provas para mim são mais que apenas medalhas, são oportunidade para encontrar e fazer amigos, confraternizar e comemorar as conquistas. Ficar esse período longe delas para mim significa ficar longe dessa alegria, dos amigos e dessa sensação.

Nesses anos todos de corrida nunca havia participado de nenhum evento virtual, na verdade era até contra, pois sempre achei que não havia motivo pra corremos virtualmente se podíamos correr um evento de verdade. Até que chegou a pandemia e mudou o meu olhar para esses eventos.

Tinha como objetivo esse ano a UAI 95 km e o desafio da Maratona do Rio 21 km+42 km e com o cancelamento das provas fiquei desanimado e sem rumo nos treinos, já que até então estava treinando para essas provas. Até que vi um anúncio de uma prova que aconteceria virtualmente, e a corrida virtual veio para preencher essa lacuna deixada pelo cancelamento das provas presenciais. Desde então, participei de 16 corridas virtuais, sendo duas de 21 k, uma ultra de 95 km e vou fazer também o Desafio da Maratona do Rio 21 km + 42 km.

Acredito que continuarei participando das corridas virtuais quando tudo voltar ao normal, mas em outro formato. Se as organizações forem inteligentes, podem incentivar os corredores com pequenos desafios virtuais antes das provas normais, e assim incentivar o corredor a treinar e manter viva a fórmula de corridas virtuais.

Jacira Sivalli Neta, 43 anos

Sou do interior de São Paulo, uma cidade chamada Salesópolis e sempre que participo de uma corrida, vou para São Paulo com uma amiga, que sempre participa das mesmas corridas que eu. Com o começo da pandemia, nós treinávamos normalmente, tendo o mínimo contato possível, mas sem um objetivo e sem uma prova alvo, com isso, os treinos se tornaram cada vez mais monótonos e cada vez mais desanimadores. Até o dia que conheci as corridas virtuais, que começaram a servir como estímulo nos treinos e nossa prova alvo se tornou a prova virtual.

Como nós gostamos de corridas longas costumamos treinar para realizar as provas no final do mês, como se fosse o “longão”. Para isso, as corridas virtuais serviram como um propósito e uma razão para continuar treinando, afinal, você não quer fazer feio em uma prova, mesmo que ela seja virtual. Nós já participamos de uma prova de 15 km, uma de 18 km e agora estamos em busca da prova de 21 km para este mês.

E você? Como tem sido sua experiência com corridas virtuais? Compartilhe com a gente nos comentários.

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